Segunda, 03 Junho 2019 17:51

ESCOLHAS

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ESCOLHAS

“...pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7)

A carta aos Gálatas, escrita por Paulo, foi endereçada a um grupo de igrejas que se localizavam numa região conhecida por Galácia, hoje atual Turquia. Os destinatários eram os novos cristãos que haviam conhecido o evangelho quando Paulo passou pela região em sua primeira viagem missionária (At 13). Pela narrativa, tem-se que dentre outras preocupações do apóstolo, uma era apresentar com mais clareza o evangelho de Jesus Cristo e Paulo fundamentava seus argumentos afirmando que a lei por meio das imposições, não poderia justificar e nem tampouco produzir obediência e que a justificação poderia ser recebida pela fé no sacrifício expiratório de Jesus.

Toda a carta aos Gálatas está definida na liberdade cristã. Se outrora o homem vivia debaixo de regras e normas da lei mosaica, Paulo veio apresentar pelo evangelho de Cristo a importância da libertação para uma vida consciente e compromissada com Cristo, por meio do amor a si mesmo e aos outros (Gl 5.13-14). Pense nisso!

Muito comum que algumas pessoas, em certos momentos de sua vida passem a vivenciar situações aflitivas e desesperadoras, enquanto outras estão vivenciando situações alegres e harmoniosas. Embora sejam situações extremas entre si, perceba que comum à estas pessoas, estão as escolhas e decisões que foram tomadas no passado e que proporcionaram um determinado resultado no presente.

Paulo ao trazer este ensinamento contextualizado em apenas três versículos, certamente que visava uma aplicação para aquela época, todavia, pode-se ver nos dias atuais que seu ensinamento se aplica a todas as pessoas e em todos os tempos, dada sua abrangência tanto nas situações físicas da vida em si como em investimentos espirituais e eternos (Gl 6.7-9).

Deus criou o homem e lhe dotou de inteligência e por meio desta faculdade intelectual, este mesmo homem tem conduzido sua vida, escolhendo e decidindo o que fazer, quando fazer e em muitas das oportunidades sem avaliar corretamente quais resultados virão de suas escolhas. Certamente que nem sempre os resultados no campo físico são os esperados e deles não se pode fugir, mas aceitá-los como aprendizado e experiência certamente que é o melhor caminho.

Veja que o apóstolo Paulo abordava a responsabilidade do homem no campo espiritual, ou seja, ele alertava que investimentos fundamentados na satisfação dos desejos da natureza física, perfeitamente atrelados à vontade humana representariam grandes impactos não só no tempo presente, mas poderiam também ocasionar resultados eternos. Noutras palavras, entenda bem que muita gente faz semeaduras conforme suas vontades, de forma que essas semeaduras geram colheitas momentâneas e temporárias.

"Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer" (Gl 5.17). Essa era a advertência de Paulo aos gálatas que as escolhas pela carne traria destruição de toda a espiritualidade do homem. Certamente que Paulo conhecia a história do rei Davi que semeou pela carne o seu desejo e disso veio o adultério e o homicídio. O resultado da escolha de Davi trouxe dor, choro, lamento e morte da criança, além de outras consequências naturais (2 Sm 12.18). Reflita sobre semeaduras terrenas!

Entenda que nem sempre as pessoas estão certas quanto aos resultados de suas escolhas, pois é da natureza humana tomar decisões sem avaliar corretamente os possíveis resultados, sempre na crença que lá na frente, pode-se dar um jeitinho. Entretanto saiba que aquilo que é gerado de maneira errada, também dará resultados errados além de impactar a vida de outra pessoas (2 Sm 11.4 e 12.8-9).

Assim como é impossível colher abóbora de uma semeadura de tomates, cabe ao homem avaliar e selecionar suas escolhas de maneira que elas sejam coerentes, física e espiritualmente. A lei da semeadura e colheita tem tanto o alcance físico como e principalmente o alcance eterno. Se no campo físico o homem pode fazer um recomeço (plantar outra lavoura ou mudar de mentalidade), lembre-se que na eternidade ele colherá exatamente o que plantou (Lc 16.19-31). E como na vida ninguém deixa de plantar alguma coisa, cuide de plantar boas sementes. Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 1670 vezes Última modificação em Segunda, 03 Junho 2019 18:37
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