Sexta, 29 Março 2024 14:12

PÁSCOA

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PÁSCOA

“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”(Jo 1.29)

O contexto dessa passagem está no momento que João, filho do profeta Zacarias, avistou Jesus e declarou solenemente que, ele, Jesus era e continua sendo o cordeiro que tira o pecado do mundo, ou seja, Jesus é o libertador dos aprisionados pelo pecado (Jo 1).

João, desta vez o que foi discípulo de Jesus, deixou claro que escreveu seu evangelho para que todos creiam que Jesus é o Filho de Deus(Jo 20.31). Certamente que João foi o discípulo de Jesus que mais escreveu. É de sua autoria três cartas, o quarto evangelho e o livro de Apocalipse. Durante o ministério de Jesus, João esteve muito próximo do Mestre, convivendo e presenciando todos os eventos que Jesus participou. Uma característica de sua narrativa está no final de seu evangelho, quando ele afirma que se fossem escritos todos os milagres operados por Jesus, não haveriam livros bastantes para registrá-los (Jo 21.25).

Quando se fala sobre a páscoa, rapidamente as pessoas imaginam os doces e os chocolates que irão degustar. Interessante que conscientes ou não, existe mesmo essa associação de páscoa com as guloseimas, afinal, esse entendimento virou um comércio muito rentável, que diga os comerciantes e lojistas. Entretanto, a páscoa não está associada com aquilo que muitos comemoram por aí. A fé cristã diz que a páscoa está longe das guloseimas e dos doces, ela está diretamente associada à libertação espiritual do homem, à salvação e à vida plena em Cristo.

A história diz que José, filho de Jacó foi o primeiro judeu a chegar no Egito. A narrativa dessa chegada aponta que ele chegou em terras egípcias debaixo de condições muito ruins. Sem adentrar no mérito da ida de José ao Egito, muitos anos depois foi que chegaram seus familiares liderados por Jacó, pai de José. No Egito o povo de Israel cresceu numericamente e numa troca de governo, os israelitas passaram a ser subjugados e maltratados. Mas ao tempo determinado, Deus enviou Moisés para libertá-los da escravidão. Durante as negociações com Faraó, Deus instruiu Moisés a sacrificar um cordeiro e passar o sangue do animal no umbrais das portas das casas. Naquela noite Deus estava livrando o povo da escravidão física e da morte dos primogênitos. Imediatamente Deus orientou Moisés a celebrar a páscoa, o dia da libertação física como forma de perpetuá-la na memória do povo israelita (Ex 3.8; Ex 12.13-14).

Considere que aquele cordeiro sacrificado por Moisés e pelas famílias no Egito, apontava para Jesus, apontava para o Messias que os profetas cansaram de anunciar como o libertador espiritual dos israelitas que haveria de vir. Assim a celebração da páscoa tem a sua realização também no Novo Testamento, pois se antes era a libertação física (do Egito para Canaã), agora se tratava de uma libertação muito maior, a libertação espiritual. O que os profetas Isaías e Zacarias tinham vaticinado, estava efetivamente se cumprindo centenas de anos depois. Ou seja, a presença de Jesus veio para cumprir o plano divino da reconciliação do homem com Deus, portanto a grande mensagem da bíblia estava se concretizando: a libertação humana da escravidão do pecado. Noutras palavras, Jesus se tornou o cordeiro pascal, não por meio de sangue nos umbrais das portas, mas por meio de seu sangue vertido na cruz do calvário (Hb 9.22). Guarde isso!

De forma resumida, esta é a história da alforria espiritual do homem, O sangue de Jesus salva o homem da condenação eterna e nesse sentido não se pode deixar que o dia da celebração da páscoa seja distorcido, maculado e associado com as guloseimas que tanto se diz por aí. Não se pode perder o verdadeiro significado da páscoa, já que nos dias atuais, o que mais se vê é a banalização da sua verdadeira essência. Lamentavelmente, a Páscoa virou data comercial. Reflita!

Lembre-se que no dia que se celebra a Páscoa não é nenhum problema comer e saborear umas guloseimas, mas não se pode permitir que os momentos mais sofridos e angustiantes do filho de Deus seja reduzido a meros docinhos de chocolates e fofos coelhinhos. Celebre a páscoa reconhecendo que o sangue de Jesus apagou os seus pecados, removeu a sua culpa, promoveu sua reconciliação com Deus e ainda te livra da condenação eterna. Perfeito assim? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 814 vezes Última modificação em Sexta, 29 Março 2024 21:31
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