Domingo, 01 Janeiro 2023 10:35

RESPOSTA

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RESPOSTA

“E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo:” (Jo 16.8)

 

João é conhecido pelos teólogos e estudiosos  como o discípulo amado e  juntamente com Pedro e Tiago, foram os discípulos mais próximos de Jesus. Dentre os doze discípulos certamente foi João quem mais escreveu, sendo de sua autoria três cartas, o quarto evangelho e o livro de Apocalipse. Outrora, João era conhecido pela sua maneira explosiva de lidar com as circunstâncias que apareciam em sua vida, e posteriormente, se tornou o discípulo que escreveu sobre o amor. Noutras palavras, sua vida é modelo de grande transformação.

Falando a seus discípulos sobre o Espírito Santo, Jesus disse que após sua morte e ressureição, ele teria três funções bastante específicas. Convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo de Deus (Jo 16.7-12).

Considere que existem pessoas muito capacitadas em suas áreas de atuação. Médicos, engenheiros, professores, empresários, atletas, advogados e centenas de outras profissões são ocupadas por gente extremamente qualificada. São pessoas que ganham medalhas por seus feitos, são condecoradas e reconhecidas por onde passam pela excelência de seu conhecimento. Nessa toada, é bem possível que elas se tornem confiantes demais em si mesmas e isso pode ser temerário. Afinal de contas, a autossuficiência humana é perigosa e pode trazer percalços, principalmente os de cunho espiritual.

Lembre-se que por um período de três anos, Jesus instruiu e orientou seus discípulos. Estava com eles o tempo todo conversando sobre as coisas do reino de Deus, inclusive, depois de sua morte e ressureição, Jesus ainda ficou com eles por quarenta dias, falando acerca das coisa do reino. Ou seja, Jesus ressurreto deu um curso  intensivo de quarenta dias aos discípulos, capacitando-os para anunciarem a graça e o amor de Deus às pessoas (At 1.3). E isso eles fizeram com louvor. A narrativa de Lucas em Atos diz que Pedro fez dois sermões, o primeiro três mil pessoas se renderam a Jesus e no segundo foram mais cinco mil pessoas. Oito mil pessoas creram em Jesus, se arrependeram de seus pecados e se tornaram novas criaturas (At 2.41; At 4.4).

Um detalhe interessante era que os discípulos apenas testemunhavam o que tinham ouvido de Jesus e/ou diziam sobre os milagres que eles mesmo presenciaram. Mas no plano da reconciliação orquestrado por Deus para resgatar o homem,  os discípulos eram apenas instrumentos. Eram apenas ferramentas que anunciavam a graça salvadora de Deus. O personagem principal era e continua sendo o Espírito Santo que atua em três áreas distintas. No pecado, convencendo homens e mulheres da vida errante que eles levam diante de Deus. Na justiça, convencendo homens e mulheres que ninguém tem competência para justificar a si mesmo e no juízo, convencendo homens e mulheres que haverá um juízo, Deus julgará o mundo (Jo 16.9-11).

Nesse sentido, nas palavras do apóstolo Pedro, ele ensinava que deve os cristãos se santificarem a Cristo de maneira a se prepararem para responder a todos que por ventura pedirem a razão da esperança que há em cada um (1 Pe 3.15). Ou seja, não é segredo para ninguém que somos parte de uma sociedade decadente, tanto moral como espiritual e que todo crente, embora esteja nesse mundo, não pode com este mesmo mundo compactuar, afinal, o cristão, pela fé, é cidadão do céu. Reflita nisso!

Assim, diante da ação do Espírito que convence o homem de sua miséria espiritual,  homens e mulheres devem reagir respondendo com a confissão dos pecados e arrependimento dos atos praticados, e mais, gerando frutos dignos dessa ação. Se cometia o pecado, deixa de cometer, até porque não vale arrependimento da boca pra fora. O fruto do arrependimento deve ser visível comprovando a transformação no coração. Fora disso, não houve arrependimento e logicamente o pecado ainda domina o homem. Guarde isso!

E mais, diante do convencimento da justiça de Deus, a resposta é mostrar louvor e gratidão, uma vez que ninguém por melhor que seja, ostenta capacidade de salvar a si mesmo. A justiça de Deus é aplicada somente pelo sacrifício de Jesus na cruz. A reação é reconhecer o que Jesus fez na cruz, portanto, os méritos da salvação e reconciliação são de Cristo. Noutras palavras, é necessário se  encantar com o sacrifício de Jesus e desencantar de si mesmo. E convencidos do juízo de Deus que virá, a reação do homem é temor e  reverência, é reagir com um despertamento espiritual, sabendo que somente uma vida com boas práticas pode mudar o curso da história de cada um. Enfim, diante da ação do Espírito Santo na vida de cada um: “dê respostas contra o pecado, se encante com a justiça da cruz e creia no juízo de Deus”. Amém? Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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