ÚLTIMA OPÇÃO
“Ela já tinha sofrido demasiado sob os cuidados de vários médicos e gastara tudo o que possuía; porém, em vez de melhorar, ia de mal a pior.” (Mc 5.26)
João Marcos era o seu nome, sua mãe era Maria, todavia o evangelista Marcos ficou mais conhecido simplesmente por Marcos (At 12.12). Era amigo de Pedro de quem recebeu muitas informações e assim escreveu sua narrativa sobre o Ministério de Jesus. Historicamente, segundo os teólogos, o evangelho de Marcos foi o primeiro a ser escrito seguido pelos de Mateus e Lucas, por esta razão os três são conhecidos por evangelhos sinópticos, por terem textos em comum e na mesma sequência. A narrativa de Marcos teve como destinatário o mundo romano e apresenta Jesus como o Deus que veio para servir.
O versículo acima possui registro também em Mateus e Lucas está ambientado na cura de mulher que sofria com uma hemorragia por doze anos. Consta que essa mulher ao tocar na orla das vestes de Jesus recebeu a cura de seu mal (Mc 5.24-34).
Existem situações na vida de muita gente que perdura por anos a fio sem uma solução. Há casos de pessoas que até se acostumam com sua condição, pois mesmo lutando para se livrarem de seu mal, acabam não conseguindo por circunstâncias alheias á sua vontade. Existem diversos exemplos mundo afora, mas dentre essas situações tem-se as doenças da alma, as angústias e as tristezas que tanto mal causam ás pessoas.
O texto fala de uma mulher que sofria de uma hemorragia que perdurava há doze anos e, no século I, ainda era aplicável o entendimento que uma mulher nas condições apresentadas era tida por impura. Não se sabe se a menstruação dela era frequente ou se era constante, mas pode-se pensar que fosse frequente e mesmo assim, a hemorragia a tornava impura aos olhos da lei mosaica (Lv 15.19). Assim, ela se via excluída das atividades sociais e logicamente das religiosas. O seu problema lhe causava dois dissabores, um era a perda de sangue e consequentemente uma provável anemia, e o outro pelas regulamentações da lei. Enfim, um ditado popular e atual, diz que miséria pouca é bobagem, e nesse sentido tem-se que a vida dela era muito difícil.
Entendendo ainda que a medicina daquela época não reunia tanto conhecimento para erradicar o seu mal, pode-se concluir que ela passou por diversos tratamentos, todos eles, sem exceção, não resolveram nada. O texto diz que ela fez diversas idas e vindas aos médicos e isso ocasionou que seu dinheiro se perdesse nas tentativas de cura. Marcos explica que além de gastar sem dinheiro, sua hemorragia só fazia piorar (Mc 5.26). Mais uma vez, se percebe que sem dinheiro e com o mal piorando, sua desgraça só fazia aumentar.
Tudo isso perdurou até que ela ‘ouviu’ falar de Jesus e, num ato de fé tocou nas vestes de Cristo e naquele momento ela se enxergou curada. Resumindo: ela tentou por doze anos a cura de seu mal, gastou dinheiro, gastou tempo e nada dos tratamentos a que se submeteu trouxesse qualquer alívio, nem em seu corpo nem nas finanças. A última opção dela foi justamente Jesus. Foi curada e dali em diante não se ouviu falar dessa mulher, aliás, era anônima pois nem nome os evangelistas lhe deram.
Traga isso para os dias atuais e veja quanta semelhança com milhares de pessoas que tentam de toda maneira a cura de seus males. Quantas pessoas vivem por aí, batendo cabeça aqui e acolá, gastando seus recursos com tratamentos que não trazem nenhum resultado. Muitas dessas pessoas até já se acostumaram com suas situações que nem mais acreditam que podem haver uma solução para seus problemas. Entenda que impura, sem poder andar no meio das pessoas, presa a um cômodo de sua casa, ela simplesmente ‘ouviu’ falar de Jesus e venceu o medo de sair de casa. Sem sombras de dúvidas, ela saiu com uma firme expectativa de ao menos tocar em Jesus e foi isso que ela fez.
Compreenda que vencer os medos, ultrapassar a barreira do receio e dar o primeiro passo em busca de uma solução tem sido o desafio de muita gente. Tudo isso se resume em fé e convicção de que está fazendo a coisa mais acertada. Hoje centenas de milhares também ouvem falar de um Jesus que cura, que muda, que faz e opera milagres, mas presos em seus casulos, não conseguem vencer seus medos e continuam paralisados. Infelizmente essas pessoas tendem a se acostumar com suas tristes realidades. Reflita nisso!
Tudo na vida tem suas prioridades, mas a história dessa mulher mostra que Jesus foi a sua última opção, mas foi justamente a melhor decisão que ela tomou. Depois dos tratamentos que não deram resultado e depois do dinheiro gasto, ela tentou Jesus. Saiu de casa com a expectativa de ser curada e foi mesmo curada. Guarde isso: tenha Jesus como prioridade em sua vida, não deixe que ELE seja a sua última opção. Combinado? Forte abraço
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr