Sábado, 20 Abril 2024 16:08

EMBAIXADOR

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EMBAIXADOR

“Portanto, somos embaixadores de Cristo..” (2 Co 5.20)

Paulo escreveu duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Na primeira carta ele respondeu algumas questões sobre casamento e sobre comer ou não alimentos que tinham suas origens em sacrifícios a ídolos. Essa primeira carta ainda evidenciou que Paulo tinha grande preocupação com a postura coletiva da igreja que não se entristecia diante da atitude de um de seus membros que estava na prática de um incesto (1 Co 5.1-2). Nesse sentido, a primeira epístola possui o cunho de advertir a igreja e dar direcionamento doutrinário.  Já na segunda carta, Paulo se defende de várias acusações que lhe foram dirigidas e dentre essas acusações, duas foram cruciais. A primeira, ele foi acusado de ser carnal e leviano (2 Co 10.2). Outra acusação dizia que Paulo era um pregador muito ruim, embora suas cartas fossem ótimas (2 Co 10.10).

Abordando o assunto de serviço ministerial e suas motivações, Paulo instruiu a comunidade de Corinto sobre o chamado de cada um, apontando as dificuldades inerentes à vida cristã e encerrando o tópico, ele afirmou que os salvos são dignos representantes de Jesus (2 Co 5.11-20).

As mais diversas nações possui representantes seus noutros países. Essas pessoas vivem no país e são a ‘voz’ de sua pátria. Noutras palavras, o embaixador é aquele que mora num lugar onde a cultura é diferente, os hábitos e os costumes são diferentes, a língua falada é diferente e ali ele está para falar o que o seu governo mandar. De forma comparativa, a vida do crente em Jesus nesse mundo é semelhante a vida de alguém que é embaixador, vive numa terra que não é sua e deve falar o que Deus ordenar. Pense nisso!

Considere que apóstolo Paulo foi chamado ao serviço cristão e desde aquele momento de sua conversão, ele recebeu a missão de levar e anunciar a salvação por meio da graça de Deus. Foi convocado por Jesus para uma missão, para bem representá-lo e ser a voz de Deus aos homens (At 9.16). Ao se apresentar à igreja de Corinto que ele mesmo plantou, Paulo era um embaixador do reino de Deus a serviço do próprio Deus e, logicamente, ele só podia anunciar a mensagem de Deus. Não poderia nunca falar de sua inteligência ou de seu intelecto, já que ele era o embaixador de Jesus e isso ficou evidenciado por toda a sua vida. Mesmo diante da morte, encarcerado na capital italiana, ele só falava do reino de Deus (Fp 1.12-23).

“Portanto, somos embaixadores de Cristo..” (2 Co 5.20). Paulo já era um embaixador do reino e como porta voz deste reino, ele esteve anunciando a morte e ressuscitação de Jesus aos coríntios e agora os convidava a fazer a mesma coisa à sociedade daquela cidade. Paulo considerava e com razão, que não só ele, mas toda a igreja de Corinto eram embaixadores de Cristo, todos eram dignos representantes do reino de Deus e como tal, a missão era a de levar a mensagem do amor de Deus.

Entenda bem que essa situação falada pelo apóstolo Paulo implicava necessariamente que como embaixadores, os integrantes da igreja tinham uma responsabilidade muito grande. Eles não poderiam falar nada que fosse contrário ao reino de Deus. Ou seja, as atitudes, as posturas e os discursos deveriam estar condizentes de alguém que não era daquela sociedade, afinal, o embaixador do reino de Deus não é deste mundo. Resumindo, tanto Paulo como a igreja de Corinto representava Cristo para toda sociedade de Corinto. Quem os ouvisse, estaria ouvindo a mensagem de Jesus. Deus falaria ao povo, por meio da igreja de Corinto, por meio de seus embaixadores.

Certamente que hoje existem mundo afora muitos embaixadores do reino de Deus espalhados por aí, cumprindo com devoção a ordenança de Jesus (Mc 16.15). Em diversas cidades há pessoas falando do reino, anunciando o amor de Deus, proclamando a graça e salvação por meio da fé em Jesus, e isso é ótimo. O grande gargalo está justamente nos maus embaixadores, aqueles que se acham como tais e, infelizmente, não o são. Se dizem do reino, mas não estão falando a mensagem do céu, na verdade não são embaixadores e nem portadores das boas novas do evangelho. Importante entender que estes maus embaixadores um dia serão convocados a prestar conta de suas atuações e arcarão com as consequências de suas atitudes (Mt 7.22-23). Reflita!

A grande característica de um embaixador de Cristo é ser fiel naquilo que ele deve transmitir e ter comportamentos adequados ao governo que representa. Ou seja, ele deve representar bem o reino de Deus que confiou e lhe comissionou na digna tarefa de ser o porta-voz celestial. Portanto, reflita, considere suas ações e seja um embaixador qualificado do reino de Deus. Combinado? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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